A Volkswagen está de olho no mercado norte-americano com planos ambiciosos: além de lançar dois novos híbridos nos próximos anos, a montadora alemã também avalia a entrada de uma picape inédita por lá. A expectativa é que, se aprovada, ela chegue em 2027.

Apesar de ainda não ter o sinal verde para produção, a possibilidade está em discussão interna. Será que os EUA vão ganhar uma picape VW? E como ela se diferenciaria das concorrentes? Vamos entender melhor.
Volkswagen no mercado de picapes: Amarok é só o começo?
A VW já tem experiência com picapes – o Amarok é vendido em vários países, incluindo Brasil e Austrália, e uma nova geração está a caminho para a América do Sul. Mas nos EUA, a marca nunca teve um modelo próprio nesse segmento dominado por Ford, Chevrolet e Ram.

Em entrevista à Car and Driver, o CEO da Volkswagen Group of America, Kjell Gruner, confirmou que a picape está entre as opções de crescimento: “Essa é uma das possibilidades que estamos discutindo”. A decisão final deve ser tomada ainda este ano.

O mais interessante é que, se a picape sair do papel, ela pode fugir do padrão tradicional. Em vez de usar uma carroceria sobre chassi (como a maioria das picapes), a VW estuda um modelo com construção monobloco – mais comum em SUVs – e até mesmo uma versão elétrica com extensor de alcance.
Qual seria a base da nova picape da VW?
Gruner destacou que a montadora precisa encontrar sinergias com outros veículos para viabilizar o projeto. Uma opção seria usar a mesma plataforma dos futuros Scout Terra e Traveller (marca de SUVs e picapes elétricas da VW). No entanto, como os Scout têm carroceria sobre chassi, a Volkswagen pode evitar concorrência interna e apostar em um design diferente.

Outro ponto importante: a VW quer produzir localmente na América do Norte, assim como faz com o Atlas (Tennessee) e o Tiguan (México). Isso ajudaria a reduzir custos e aumentar a competitividade.
Híbridos também estão no radar
Além da picape, a VW prepara o retorno dos híbridos nos EUA – algo que não acontece desde o Jetta Hybrid, descontinuado há 10 anos. Os novos modelos devem ser versões híbridas do Tiguan e do Atlas, seguindo a tendência de marcas como Hyundai, que estão investindo em híbridos convencionais (não plug-in).

Apesar de poder importá-los da Europa, a VW prefere fabricá-los na América do Norte para agilizar a produção e se adaptar melhor ao mercado local.
Desafios e oportunidades no mercado americano
O mercado de picapes nos EUA é um dos mais competitivos do mundo, dominado por modelos consagrados como a Ford F-150, Chevrolet Silverado e Ram 1500. Para a Volkswagen, entrar nesse segmento exige não apenas um produto diferenciado, mas também uma estratégia de preços e marketing bem definida.

Se a picape da VW for mesmo elétrica ou híbrida, ela pode atrair um público que busca alternativas mais sustentáveis sem abrir mão da robustez e capacidade off-road. Além disso, a construção monobloco poderia oferecer melhor conforto e dirigibilidade em comparação com as picapes tradicionais.
O que esperar dos próximos anos?
Apesar dos planos, a VW ainda precisa confirmar o projeto e definir detalhes como design, motorização e preço. Se tudo correr bem, a picape pode chegar em 2027, junto com os novos híbridos da marca.

Enquanto isso, a Volkswagen continuará investindo em sua linha de SUVs e elétricos, como o ID.4 e os futuros modelos da Scout Motors. O objetivo é claro: ganhar mais espaço em um mercado que sempre foi desafiador para a marca alemã.
VW quer reconquistar espaço nos EUA
A Volkswagen está claramente reavaliando sua estratégia nos EUA, um mercado que sempre foi desafiador para a marca. Se a picape sair do papel, ela pode trazer um conceito inovador, diferente das tradicionais rivais. Enquanto isso, os híbridos devem ajudar a atrair consumidores que ainda não estão prontos para carros 100% elétricos.
2027 parece distante, mas as decisões deste ano serão cruciais. E você, acha que uma picape VW faria sucesso nos EUA? Ou a marca deveria focar apenas em SUVs e elétricos? Deixe sua opinião nos comentários!