Nos anos 1980, as ruas brasileiras eram dominadas por um carro que unia praticidade, economia e estilo: a Chevette Marajó, a versão station wagon (ou “perua”) do já famoso Chevette. Produzida no Brasil entre 1980 e 1989, ela foi uma das preferidas das famílias e dos motoristas que precisavam de espaço sem abrir mão da dirigibilidade ágil que o Chevette proporcionava.
Ao longo de sua trajetória, a Marajó foi oferecida em quatro versões:
- L (Luxo) – O modelo mais básico, mas ainda assim bem equipado para a época.
- SL (Super Luxo) – Com mais conforto e alguns itens adicionais.
- SE (Special Edition) – Edições limitadas com detalhes exclusivos.
- SL/E (Super Luxo Especial) – O topo de linha, com os melhores acabamentos.
Sob o capô, os motores variavam entre 1.4 e 1.6 litros, com opção a álcool ou gasolina, refletindo uma época em que o Brasil investia pesado no combustível nacional. Apesar de seu sucesso, a produção da Marajó foi encerrada em 1989, quando a Chevrolet introduziu a Ipanema, baseada no alemão Opel Kadett E.
Por Que as Peruas Desapareceram?
Nos anos 1990 e 2000, as peruas ainda tinham espaço no mercado, com modelos como a Volkswagen Parati e a Chevrolet Caravan. Porém, com a ascensão dos SUVs nos anos 2010, as station wagons perderam força. Os consumidores passaram a preferir carros mais altos, com visual robusto, mesmo que muitos SUVs compactos nem sempre ofereçam mais espaço interno que uma boa perua.
Hoje, só algumas marcas ainda insistem no conceito, como a Volvo com sua V60 e a Mercedes com a Classe C T-Model. No Brasil, porém, as peruas praticamente sumiram. Será que há espaço para um retorno?
E Se a Marajó Voltasse em 2026? Um Conceito Ousado
Imaginar a Chevette Marajó nos dias atuais é um exercício de nostalgia e criatividade. O Motor Zoom resolveu projetar como seria uma Marajó SL/E 2026, mantendo o DNA original, mas com tudo o que um carro moderno exige.
Motorização: Turbo Flex e Eficiência
Desse modo, para acompanhar os tempos, a nova Marajó precisaria de um motor moderno e econômico. As opções mais viáveis seriam:
- 1.0 Turbo Flex – Para quem busca economia sem perder desempenho.
- 1.4 Turbo Flex – Para quem quer mais potência, mantendo um bom consumo.
- Híbrido ou Elétrico? – Se a Chevrolet quisesse ousar, uma versão eletrificada poderia ser interessante.
Design: Clássico, Mas Atualizado
A frente poderia resgatar os faróis quadrados do original, mas com tecnologia LED e linhas mais afiadas. A grade dianteira teria um visual mais esportivo, enquanto a traseira manteria o formato clássico de perua, mas com lanternas em LED e um acabamento premium.
Interior: Tecnologia e Conforto
Nada daquele painel de plástico duro dos anos 80! A Marajó 2026 teria:
- Tela central de toque com Android Auto e Apple CarPlay
- Painel digital completo
- Assistente de voz e conectividade 4G
- Bancos em couro ou tecido premium
- Sistema de som de alta qualidade
Segurança e Tecnologia
Para competir no mercado atual, ela precisaria vir equipada com:
- Freios a disco nas quatro rodas
- Controle eletrônico de estabilidade
- Airbags frontais, laterais e de cortina
- Sensores de estacionamento e câmera de ré
- Piloto automático adaptativo (em versões topo de linha)
Preço e Posicionamento no Mercado
Assim, se fosse lançada hoje, a Marajó 2026 teria que brigar com SUVs como o Tracker e sedãs como o Onix Plus. Um preço entre R$ 120 mil e R$ 150 mil a colocaria como uma opção interessante para quem quer espaço sem abrir mão do estilo.
Um Sonho Que Merecia Virar Realidade
A Chevette Marajó foi um ícone dos anos 80, e sua versão moderna certamente teria um charme especial em meio a um mercado cada vez mais dominado por designs genéricos. Enquanto as montadoras seguem focadas em SUVs, fica no ar aquela dúvida: e se uma nova Marajó voltasse às ruas, trazendo um toque de nostalgia sem abrir mão da modernidade?
Você apostaria em uma Marajó 2026 ou acredita que as peruas já não têm espaço no mercado atual? Compartilhe sua opinião nos comentários! Quem sabe a Chevrolet não se anima com a ideia?
